Há 3 ou 4 semanas deu-se início à campanha eleitoral do ano de 2014.
Diariamente desfilam na televisão e pelo rádio candidatos de todas as esferas sociais, religiosas e formação acadêmica. Alguns repetem o que disseram em outras campanhas, outros repetem o que outros candidatos dizem. São repetitivos. Alguns fazem do momento um tempo de expor suas qualidades humorísticas. O horário político constitue um tempo perdido para o telespectador.
O objetivo é prometer para se eleger. Uns prometem o que já prometeram em outras campanhas; outros prometem a vida em paraíso; outros prometem o impossível, o ilegal, o imoral. O horário político é uma piada transformada por alguns candidatos.
Onde está a ética, se há nesse tipo de política. Onde está a honestidade e respeito com o cidadão e seu voto?
Fico estarrecido com os caras de paus que dizem: ‘já estou no meu 8° mandato; estou no meu 5° mandato. O que fizeram pela educação, saúde e outras bandeiras levantadas por eles?
O poder legislativo se transformou em feudos; repartidos por algumas famílias; se transformou em cargo hereditário; em profissão. Com certeza, é uma ótima fonte de renda vitalícia, pois com um investimento e bom discurso (demagogia), é possível ganhar muito, e mais ainda, legislar em causa própria. Que maravilha.
Uma vez que a maioria sempre prometeu soluções para a saúde, educação e outras bandeiras, porque que até hoje não resolveram de fato essas questões, já que todos pregam os mesmos ideais e soluções? A resposta é simples: se resolverem o que vão prometer no futuro.
Será que quando falam em ‘reforma política’ teriam a coragem, por exemplo, de submeter o aumento dos próprios salários à vontade popular? Se submeter ao relógio de ponto, a ter apenas 30 dias de férias no ano; ter um auxílio transporte, mas em transporte público; estar sujeito às leis aprovadas por eles como aposentadoria; não ter auxílio moradia… afinal o salário de um político não é nada popular, não é de homem do povo.
Será que quando votam ou apresentam uma lei estão pensando no povo, ou em si mesmos? A base (povo) jamais é consultada.
A tática: apelar. Atacar o lado emocional do povo brasileiro.
Quando estão atrás de votos, antes da eleição , parecem ser os melhores amigos do povo. Tomam cafezinho em copo de vidro nos bares mais simples; adoram levantar e beijar crianças com remela ou nariz escorrendo; cumprimentam trabalhadores como se fossem um deles … e outros comportamentos. Depois que passa o pleito, desaparecem por 4 anos. Esquecem e fazem o que for preciso para esquecer os meses que antecederam a eleição. Por acaso, você já viu algum político eleito consultando seu eleitorado.
Contudo há raras exceções, vozes solitárias silenciadas pelas vozes dos “experientes”, amigos do povo.
Será que a política que sonhamos não passa de um utopia? Os políticos que gostaríamos de ter, só existem em nossos sonhos?
José Luiz C.Duarte (RJ 09/2014)