IGREJA DE S. FRANCISCO
IGREJA DE SÃO FRANCISCO DA PENITÊNCIA
Largo da Carioca – Rio de Janeiro
HISTÓRIA
Os primeiros membros da irmandade da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência solicitaram ao Convento Santo Antônio, autorização para fundar no Rio de Janeiro a Ordem Terceira. Fato esse consumado em 20 de março de 1619.
Em 17 de setembro de 1622, foi inaugurada a primeira capela em estilo Florentino, dedicada a Nossa Senhora da Conceição.
Nesta capela foi construído, a pedido de D. João VI em 1817, um mausoléu de mármore branco para guardar os restos mortais de D. Pedro Carlos de Bourbon e Bragança.
Em 1657, em terreno adquirido pela confraria, deu-se início a construção de uma Igreja maior (a atual), terminada totalmente em 17 de setembro de 1772 com a sua sagração.
Em 1814 foi reformado o piso primitivo do corpo da igreja, e em 1895, Thomaz Driendl restaurou as obras artísticas do templo.
O Patrimônio Histórico e Artístico Nacional tombou essa obra em 30 de novembro de 1937. Recentemente foi restaurada com verbas cedidas pelo BNDES para ser entregue à população do Rio de Janeiro.
Durante esses séculos foram construídas partes importantes da igreja como: a capela do SS. Sacramento (1757), sacristia (1747), as catacumbas (1827), e o museu sacro (1933).
A ARTE
“O Templo da Ordem é, com bastante razão, considerado como a segunda obra do Brasil em trabalhos de talha dourada, só ultrapassado pela Igreja de São Francisco de Assis, da cidade de Salvador”. (cf. Mathias, Herculano G., “Suplemento da Notícia Histórica” da Venerável Ordem 3ª de S. F. Da Penitência, Rio de Janeiro 1961)
OS ARTISTAS
Artistas famosos foram contratados para executar as obras, tais como: Francisco Xavier de Brito, escultor (contribuiu na formação artística do Aleijadinho), Caetano da Costa Coelho e Antônio da Cunha Pereira, douradores, José Oliveira da Rosa, Antônio da Cunha Pereira , Agostinho José da Mota e Manuel Dias de Oliveira Brasiliense (Romano), pintores, e Antônio de Pádua e Castro, talhador.
AS OBRAS DE ARTE
As pinturas, como o teto da Igreja, teto da sacristia e capela mor, são a óleo sobre madeira.
Encontramos também quadros a óleo na sacristia, retratando D. Pedro II e Dona Teresa Cristina.
Todas as imagens são esculpidas em cedro da Bahia no estilo renascentista e barroco português revestido em ouro do Brasil fabricado em Lisboa.
O arcaz, trabalhado em jacarandá da Bahia, com puxadores de metal prateado, data de 1780. As lanternas para iluminação datam de 1800.
A revista “ISTO É”, na edição 1759, publicou uma reportagem sob o título “RESGATE DE OURO”, sobre o fim das obras de restauração dessa deslumbrante obra de arte que é a Igreja de S.Francisco da Penitência. Mostrando a Igreja como uma das mais belas obras de arte do barroco brasileiro.
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MUSEU SACRO
O Museu Sacro da Ordem da Penitência é, no seu gênero, o primeiro templo de arte sacra a ser criado no Brasil e o mais completo. Foi projetado e concluído em 17 de setembro de 1933 por Dr. Félix de Mariz, museólogo e professor do museu Histórico Nacional.
O belíssimo acervo agrega grande número de raros e valiosos objetos referentes ao culto religioso, as alfaias, andores, lanternas, insígnias, imagens e paramentos litúrgicos.
Algumas salas tiverem grande importância nos séculos passados, como: Sala das Alfaias, Sala dos Andores, Galeria das Imagens (Imagens de roca que foram parte da Procissão das Cinzas), Capela primitiva da Ordem, Galeria das Capelas, Gabinete do mestre de noviços, Capela do S.S. Sacramento, Ante-Sacristia, Sacristia, Consistório, Coro e Ante-Coro, Salão dos Retratos, Pátio interno, Cemitério antigo das catacumbas e Capela Anexa.
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CAPELA DE SÃO FRANCISCO DA PRAINHA
Situada no Adro de São Francisco, nas imediações da Rua Sacadura Cabral, no bairro da Saúde.
A doação testamentária feita em 1704, pelo PE Dr. Francisco da Motta, à Ordem da Penitência incluía uma capela e um trapiche, incendiados durante a invasão dos franceses, em 1710, sob a ordem do governador Castro Morais, levando as tropas de Duclerc, encurraladas no local, à rendição completa.
Durante anos as ruínas prevaleceram na paisagem local.
O trapiche foi reedificado e em 1738 deu-se início à reconstrução da capela, finalizada em 05 de novembro de 1741.
Este monumento religioso também é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional como monumento artístico.